
Foto: google.com
selfie
Não é preciso ser uma celebridade, porque todo o mundo pode ser uma estrela, basta ter amigos e uma câmera. Outra coisa é se às nossas amizades lhes interessa o que estamos fazendo ou isso lhes parece ridículo. Explicamos aqui cinco casos do que não se deve fazer.
O duck face ou a cara de pato

Quem não viu já alguma vez no Facebook uma dessas garotas que publicam fotos, posando todos os dias com roupa diferente, mas com uma coisa que se repete: seus lábios duck face, o que se traduz para português como cara de pato. Na realidade, segundo alguns blogs, a expressão vem do termo MySpace Face, já que a cara de pato começou por ser usada por adolescentes no MySpace e no Facebook. A moda surgiu em 2006 e se expandiu através de todas as formas possíveis pela rede global. Apesar dessa epidemia só afetar as mulheres, no caso de um homem o fenômeno já foi parodiado, concretamente no filme "Zoolander", em que o ator Ben Stiller faz o olhar conhecido como Aço Azul (Blue Steel) juntando os lábios.
O bikini bridge
Dentro do selfie de praia, que normalmente

é feito mostrando a cintura e os pés descalços, com o mar ou a piscina em fundo, há algumas variações de influência negativa. O bikini bridge é quando a calcinha do biquíni, apoiada no osso da anca, deixa um espaço vazio entre ela e o ventre. Para adotar essa moda tem de se estar muito magra, mas ela não seria tão popular sem a ajuda da Internet. Em apenas alguns dias, os usuários da comunidade virtual 4chan conseguiram que isso fosse o mais comentado nas redes sociais. Contudo, na realidade o conceito do bikini bridge já existia desde 2009 nos fóruns que incitam à anorexia. Agora este fenômeno se tornou global e não é fácil combatê-lo porque são concepções com contornos pouco definidos. Por um lado, as redes sociais censuram as etiquetas com conteúdo de pró-anorexia ou de pró-bulimia. A Instagram começou em 2012 a eliminar etiquetas como #thinspiration, #proanorexia, #probulimia ou #loseweight, algo que sites como o Pinterest ou o Tumblr já faziam. Mas, apesar de tudo isso, em poucas horas, e sem qualquer tipo de censura possível, foi popularizado o bikini bridge que implica estar muito magra e é uma continuação de outra tendência estética perigosa que fez furor em 2013: o thigh gap, o espaço que há entre as coxas em algumas mulheres quando têm os pés juntos no chão. Nem todo o mundo tem esse espaço entre as coxas e os esforços para consegui-lo podem causar diversas perturbações.
O drunk selfie

Se há algo que pode ser desculpado é a foto parva que se tira numa festa, ou até estando um pouco bebido. Contudo, esses selfies também são causa e consequência de problemas comportamentais. Os psicólogos provaram que o ser humano sente inveja, solidão e baixa autoestima ao ver as fotos dos outros se divertindo. Tirar autorretratos fumando ou bebendo é algo habitual entre os mais jovens, que assim multiplicam a sua influência sobre seus outros companheiros e incentivam os restantes a optar por esse tipo de divertimento, afirma um estudo da Revista de Saúde Adolescente (Journal of Adolescent Health) dos Estados Unidos. A chave para entender o fenômeno é que quando essas práticas são difundidas através das redes sociais fica a sensação que elas não acarretam riscos.
Abdominais naturais

Uma situação muito diferente é a que ocorre nos casos da clássica foto de ginásio. Costuma ser tirada naquele momento narcisista de tirar fotos ao espelho enquanto trabalhamos o físico. Longe de incentivar os outros a praticar esporte, também não provoca muito desconforto, porque normalmente não temos um aspeto tão bom quanto julgamos. Essas fotos costumam provocar indiferença e gozação se se repetem frequentemente na mesma pose. Também há pessoas que fazem a experiência de tirar todas as semanas um autorretrato de si próprias fazendo o mesmo exercício para mostrar a evolução da sua forma física. Ao coloca-las todas em sequência, e se houve um esforço importante, podem ser recolhidos aplausos e parabéns. Não deixa de ser uma forma de automotivação.
Autorretrato com comida

Este é um dos que provoca mais troça. “Sim. Esse primeiro prato estará melhor agora que o fotografaste”, escrevia há pouco um usuário do Facebook perante uns imponentes raviolis com queijo. No caso das meninas, o mais comum é o café com um bombom em forma de coração e a mancha de leite ou natas em cima de isso tudo e com a mesma forma. Já está tão visto que pode receber zero curtidas. Se tornou num tópico, é parte da paisagem. Porque fotografamos comida? Alguns blogueiros chamam a esse fenômeno: “como, logo existo”. De qualquer jeito é algo imparável. Donas de casa e estudantes, e também atrizes como Lindsay Lohan, já tropeçaram nesse doce pecado. Apesar de nossos amigos franzirem o sobrolho, às vezes é quase impossível resistir à tentação. Se há um pecado que pode ser perdoado é o da gula imortalizada.
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