ADE de Águas Claras: Uma área de problemas

Buracos, lixo e ligações de água clandestinas são alguns dos pontos que incomodam na região

Por: Ludmila Rocha

Uma área tipicamente industrial. Empresas de segmentos variados, muitos funcionários, movimento intenso de clientes. Assim é a Área de Desenvolvimento Econômico (ADE) de Águas Claras, certo? Errado. O local tinha tudo para ser o grande polo produtor da cidade, mas problemas estruturais impedem isso. Asfalto ruim, lixo nas ruas, segurança pública ineficiente e ligações clandestinas de água são alguns dos problemas.

A avenida central, que liga o Riacho Fundo I a Águas Claras e corta a ADE nos dois sentidos, está com o asfalto prejudicado entre os conjuntos 17 e 22. Segundo moradores, na altura do balão do conjunto 22, uma enorme cratera se abriu há cerca de três meses - tomando o que era para ser a terceira faixa da pista - e nunca foi tapada. Para piorar, carros e caminhões de uma empresa que fica em frente ao buraco estacionam na faixa em melhor estado de conservação, obrigando os veículos a trafegarem pelo lado esburacado. “O asfalto parece de papel. Eles passam uma fina camada de massa asfáltica, basta chover para que ele se solte inteiro”, comenta a publicitária Eliana Cavalcanti, 44 anos.

Limpeza


Outro problema diz respeito ao serviço de limpeza urbana. No Setor Habitacional Arniqueiras, parte residencial do bairro, faltam lixeiras e os caminhões de coleta de lixo não trafegam no interior das quadras. “Eles alegavam que não desciam porque as ruas eram de terra e o caminhão não conseguia passar. Então, nos unimos e asfaltamos nossa quadra, com recursos próprios, mas eles continuam não acessando o interior do conjunto”, reclamou Eliana.

Diante disso, os moradores precisam se deslocar até a avenida central para depositar o lixo na única lixeira do local, que fica em frente à casa da cabeleireira Sandra Regina, 35 anos. “O pessoal deixa o lixo na porta da minha casa. O prejuízo maior é meu. Cachorros rasgam os sacos e espalham os resíduos. Ratos e mosquitos entram aqui em casa direto. Sem contar o mau cheiro”, lamenta.

“Gatos”

Ligações clandestinas de água e despejo indevido de esgoto também são facilmente encontrados pelas ruas. Segundo Eliana, apesar da cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), faltam serviços básicos. “Conheço várias pessoas que solicitaram a instalação de hidrômetros mas tiveram os pedidos embargados. Diante da negativa, a alternativa encontrada são os ‘gatos’.”

Ruim para comércio

Os comerciantes reclamam da iluminação ruim e da falta de segurança, principalmente nos finais de semana. “Só vemos policiais quando vêm almoçar”, desabafa o comerciante Cosme Soares, 44 anos.

Funcionários de empresas citam ainda as dificuldades para atravessar a Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB), na altura da ADE. Não há faixas ou semáforos e a passarela mais próxima fica a quase um quilômetro de distância. “Presenciamos vários atropelamentos”, diz a publicitária Eliana.

Respostas


A Administração Regional de Águas Claras esclareceu os pontos reclamados pela população. O órgão disse que implementará a rede de águas pluviais no bairro até junho deste ano e, logo após a conclusão das obras, será feito o recapeamento. Sobre a poda da grama, diz que ela é feita periodicamente pela Novacap, mas pode ser solicitada pela ouvidoria do GDF.

Sobre a instalação das lixeiras, a administração informou que a Secretaria de Obras fez licitação para a colocação de novas unidades em todo o DF, incluindo a ADE.

Já a Polícia Militar informou que o policiamento ostensivo na área é feito pelo 17º Batalhão e tem policiamento 24 horas pelo posto policial PCS 131 e, depois das 15h, pelo GTOP e quatro motociclistas. Para falar com o batalhão: 3910-1769.


Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

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